Giovanni Canta / sexta-feira, 17 de julho de 2020 / Categorias: Casos clínicos, Ferox, Cardiologia veterinária Bloqueio atrioventricular de 1º grau - veterinário Classificação e interpretação Vamos começar a ver detalhadamente cada um dos bloqueios atrioventriculares mencionados na publicação anterior (Bradiarritmias na veterinária). Bloqueio atrioventricular de 1º grau. O que é importante saber? Ele não é um bloqueio propriamente dito! Nota-se no eletrocardiograma veterinário que todos os impulsos atriais são transmitidos aos ventrículos (condução 1:1; a cada onda P tem-se um complexo QRS correspondente), entretanto, ocorre uma lentidão da condução do estímulo atrial para os ventrículos. É visto no ECG veterinário através do aumento do intervalo PR. Aumento, esse, que ficará acima de 130 ms em cães, acima de 90 ms em gatos e acima de 500 ms em equinos. Em alguns casos o aumento do intervalo PR é tão importante que a onda P pode-se confundir com a onda T do batimento anterior. O local sede deste retardo de condução é na maior parte das vezes no nó átrio ventricular- NAV. Em estudo eletrofisiológico nota-se um aumento do intervalo AH (detalhes na publicação anterior). É necessário ter ondas Ps sinusais! Ondas ectópicas (P´) dependendo da região de onde estão sendo geradas podem levar a aumentos do intervalo PR. Portanto, em batimentos ectópicos atriais o diagnóstico de BAV 1º grau fica comprometido. Como vou saber se é sinusal? Medindo o eixo elétrico da onda P. Causas: Distúrbios associados a modulação parassimpática, distúrbios eletrolíticos, intoxicação digitálica, drogas (propranolol, quinidina, xilaxina), remodelamento cardíaco por algumas cardiopatias. Pode ocorrer em cães clinicamente normais, idosos (degeneração na condução AV) e/ou braquicefálicos. Outras raças predispostas: Cocker e Dachshund. Não a implicância clínica, pacientes assintomáticos. Sugere-se investigar causa base e acompanhamento anual. (clique na imagem para aumentar o tamanho) Lightbox Fig. 1: Note neste ECG veterinário que temos uma onda P positiva em D1, D2, aVF, marcando uma origem sinusal. E para cada onda P existe um complexo QRS correspondente/ adjacente. Observa-se, ainda, aumento do intervalo PR. (clique na imagem para aumentar o tamanho) Lightbox Fig. 2: Intervalo PR: Início da onda P até o início do complexo QRS. Note o prolongamento do intervalo PR além do limite de normalidade (canino, macho, SRD, 6 anos,10kg, paciente hígido). (clique na imagem para aumentar o tamanho) Lightbox Fig. 3: Note o prolongamento do intervalo PR. (canino, Boxer, 10 anos, ). Nas próximas publicações iremos discutir o próximo dos BAVs através de casos eletrocardiográficos. fique pendente! Bradiarritmias na veterinária Bloqueio atrioventricular de 2º grau, Mobitz tipo I – Típico Print 1617 Rate this article: 5.0 Please login or register to post comments.